A Germofobia é uma coisa que sempre me fascinou… Primeiro porque se chama Misofobia, mas todos insistimos em tratar a doença pela alcunha da primária, e depois porque, reparem, isto são pessoas que chegam a andar de luvas para não tocar em nada e manterem as mãos limpas…
Portanto, quero ser gentil e aconselhar todos os misofóbicos a afastarem-se o máximo possível desta crónica, porque poderá destruir a vossa vida.
Eu presumo que um indivíduo que tenha esta doença não se atreva sequer a chegar perto de uma casa de banho pública, aliás, nem precisamos de ser germofóbicos para abominar ter de sentar o rabo numa sanita que já foi usada por sabe Deus quem.
Usar uma sanita pública é como ir a um blind date com milhares de rabos ao mesmo tempo, e o que fazemos ali enquanto evacuamos é nada mais nada menos que dar beijo de cú a desconhecidos. Eu sei, eu sei… Não é fácil descobrir que somos todos umas vadias de nádega…
“Sim, mas eu faço uma caminha com papel para não dar beijo de cú a ninguém”
Ah, sim… A caminha de papel. O Nemesis dos germes! Quantas famílias de germes já não sucumbiram, ao som de violinos, à maleita que é a caminha de papel! Se ao menos os germes conseguissem, eu sei lá, passar pelo papel, quiçá contorna-lo! Os germicídios em massa que já foram cometidos…
Além de que usar a caminha de papel não quer dizer que não estejamos a ser uns vendidões que dão beijo de nálga a qualquer um que nos aparece à frente. Quer apenas dizer que, quando o fazemos, usamos proteção, como cidadãos conscientes que somos!
Mas calma misofóbicos, que isto ainda piora! É que chochos de nádega é uma coisa, mas pensem vocês bem na quantidade de flatulência que inalamos todos os dias. Aquilo é basicamente cocó flutuante, e nós snifamos aquilo à campeão diariamente. Casas de banho públicas usa quem quer, agora, inalar bufa alheia? É como a família, não se escolhe…
Quantas vezes não vamos na rua e nos atinge, primeiro suave e depois contundente, um cheiro que nos é tão familiar, o cheiro de uma bufa ninja. Olhamos a volta, pode ter sido aquela senhora de casaco bege, aquele senhor que está a olhar para o relógio… A paranóia instala-se e começamos a ponderar se não teremos sido nós…
Agora… Imaginem o que é ser germofóbico neste mundo.
“Mas, pá… Qual é o ponto disto tudo…?”
Nenhum. Só queria falar de flatulência e de beijo de cu. Agradeço desde já pelo tempo desperdiçado a ler esta afronta à inteligência humana.
Bom 1° de Abril. Não se esqueçam de fazer o IRS, bem haja.
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