Eu normalmente considero as minhas crónicas como uma plataforma de despejo da minha idiotice, mas desta vez vou considerar meio como serviço social.
Eu acredito que os meus inteligentíssimos e intelectuais leitores não se identificam com o tipo de pessoa que vou passar a descrever, mas com certeza conhecerão alguém que se enquadre no perfil, ao que eu peço que lhes façam chegar a mensagem, é muito importante, não estou a dizer isto só para ter views e cenas 😏
Ora, de tempos a tempos vão aparecendo uns posts pelas redes sociais, maioritariamente no Facebook mas não exclusivamente, com comunicados de 37 parágrafos a dizer que o Facebook vai acabar e que se não postarmos determinada mensagem no nosso moral, fizermos 3 mortais encarpados a retaguarda, rezarmos 82 Pai Nossos e 76 Avé Marias os nossos dados vão tornar-se públicos ou o Facebook vai ter acesso a toda a nossa informação ou o mundo vai acabar.
Tenho uma boa notícia e uma má… A boa? A boa primeiro? Tá bom, a boa é que a vossa informação já não é privada há muito tempo, mais especificamente, desde que criaram uma conta no Facebook, deram de livre vontade a vossa informação, aceitaram um termo de condições e começaram a vomitar a vossa vida privada na internet. A má é que o mundo não vai acabar, vamos mesmo ter de continuar a lidar com esta palhaçada de viver ou lá o que é…
Não, não há nenhuma lei UCC 1-308-1 1 308-103, o estatuto de Roma existe desde 1998 e não tem nada a ver com redes sociais ou internet, não o Facebook não vai passar a ser pago nem temos de postar uma declaração no nosso mural para proteger os nossos dados.
É um bocado como aquelas notícias virais que a malta partilha, tipo, “ULTIMA HORA: Fóssil De Fémur Com Três Metros Confirma Existência De Gigantes”, mas quando um gajo clica é só uma daquelas páginas de notícias falsas, ou uma notícia sobre fósseis de mamutes.
Será que a pessoa que partilhou só queria pregar uma partida ou partilhar uma notícia sobre elefantes pré-históricos? Talvez. Será que a pessoa não foi crítica e partilhou sem sequer abrir a notícia? Provavelmente.
Eu percebo que a internet cultivou a cultura do clickbait e do sensacionalismo para gerar tráfego, mas isto é perigoso porque gera muita desinformação, e depois temos pessoas a jurar que o Facebook vai acabar, ou mais grave ainda, a proliferar notícias falsas por só terem lido um título enganador. Vamos fazer um acordo, tá bom? Vamos começar a ser críticos, vamos ler as coisinhas e informar-nos antes de partilhar que o Ronaldo foi ao cu– Calma… Essa é verdadeira?
Falha minha.
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